Ninguém nega que existe algum desconforto social, quando procuramos abordar um tema que nos pode tocar, direta ou indiretamente: maternidade na adolescência.Usualmente, considera-se um grave problema da nossa sociedade, mas que deve ser tratado por Instituições oficiais como as escolas e/os Centros de Saúde.. Contudo, quando o fenómeno se difunde em determinados contextos sociais de pobreza, passa a ter uma dimensão dum problema geopolítico, pela presença de “motivações” socioculturais, marcado ao longo dos tempos, consoante o período em estudo.Em Portugal, verificou-se que a taxa de maternidade na adolescência baixou, continuando, no entanto, a ocupar um dos lugares cimeiros, quando comparado com outros países europeus. Em termos globais, os estudos realizados sobre esta realidade, têm encontrado duas principais causas geradoras do fenómeno. Por um lado, situam-no na falta de informação adequada sobre métodos contracetivos, e por outro lado, salientam os fatores associados à fraca gratificação na vida social e principalmente às angústias advindas dos riscos dos grupos de pertença, família, escola, geradores dum sentimento de “estado de abandono” e de isolamento - A Maternidade seria então encarada como um meio para alcançar uma nova identidade social, firmada, sempre que possível, pela conjugalidade -.Importa referir que nem todos os jovens entendem a maternidade na adolescência como uma possibilidade de perdas e danos para o desenvolvimento da jovem e do seu filho, apontando mesmo, a curto prazo, alguns benefícios pessoais e sociais: apoio na saúde, subsídios, eventual emprego futuro, carinho, etc.No âmbito deste estudo, “ a maternidade na adolescência” o contexto comunitário de exclusão encontra-se presente. Existe algum desconforto social relativamente à maternidade na adolescência, considerando-se um problema para a nossa sociedade, do ponto de vista das instituições escolares e de saúde. Quando o fenómeno se “multiplica” em determinados contextos sociais de pobreza, passa a ter a dimensão de um problema geopolítico, pela presença de “motivações” socioculturais.Em Portugal, verifica-se que a taxa de maternidade na adolescência tem vindo a diminuir, acompanhando a tendência do modelo europeu, no entanto, em determinados contextos sócio-territoriais, a incidência do fenómeno mantém-se com taxas elevadas. Em termos globais, os estudos realizados sobre esta problemática, têm encontrado duas principais causas geradoras do fenómeno. Por um lado, situam-no na falta de informação adequada sobre métodos contracetivos, e por outro lado, salientam os fatores associados à fraca gratificação na vida social e principalmente às angústias advindas dos riscos dos grupos de pertença, família, escola, geradores de um “estado de abandono” e de fortes sentimentos de isolamento. A Maternidade seria então encarada como um meio para alcançar uma nova identidade social, firmada pela conjugalidade e possível ajuda institucional: Rendimento Mínimo. Apesar dos sentimentos de vergonha, abandono e exclusão acompanharem muitas jovens mães (perdoem-me os jovens masculinos, mas estes consideram-se, por vezes, vítimas ou heróis da relação…).